Tuesday, April 6, 2010

eu quero viver

eu queria viver
em um lugar onde fosse comum ser feliz
onde todo mundo fosse igual
onde só se morresse porque acabou
onde só se tivese porque sobrou
onde só se colhece porque nasceu
onde só se queimasse porque esfriou
onde só se pegasse porque deixaram
onde só se prometesse porque faz
onde só se fizesse porque pode
onde só pudesse porque aprendeu
onde todo mundo aprendesse
onde todo mundo pudesse
onde todo mundo fizesse
onde todo mundo prometesse
onde todo mundo fosse
onde todo mundo quisesse
onde todo mundo colhesse
onde todo mundo tivesse
onde todo mundo vivesse
porque, como eu, quer viver

Monday, March 15, 2010

a great idea


a idéia é grande, só não sei qual é ainda.

Saturday, March 13, 2010

redação espetacular

Muito bom, vale pela criatividade.

O que faz uma mente criativa com uma língua rica.

Vai ser culta assim lá longe! Leiam até o final, é muito legal!
Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE Universidade Federal de Pernambuco (Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.

Redação:

Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.

Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.

O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto.

Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela. Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar.

Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto.

Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula; ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.

Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.

Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.

Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício. O verbo auxiliar se entusiasmou e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos. Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.

Tuesday, December 22, 2009

12 tips on becoming a succesful advertiser

• Find the right place to gain as much experience as possible in the shortest amount of time. This may mean a hot-shop independent agency, a large multinational or hopping jobs every 2 years depending on the available options you may have.
• Work somewhere that's worthy of your time and talent. Don't settle for any job.
• Put more effort into your job than expected and do it cheerfully.
• Become the most positive and enthusiastic adman in the agency.
• Be forgiving of yourself and others. We're humans and we make mistakes even when we only have good intentions. Don't allow such mistakes make you lose sight of long term goals.
• Be generous with your contributions to the team's work. Do not try to take credit for every idea you came up with.
• Persistence, persistence, persistence. Great work never just falls into your lap. You need to work for it, refine it, perfect it.
• If you clearly see you're going into the wrong direction with your strategy do not be afraid to stop and rethink everything even if it means you have to start everything from scratch.
• Discipline yourself to save money on even a modest salary. This will give you the freedom to change jobs when things go bad and will allow you to take meaningful holidays that refresh your mind and body.
• Commit yourself to constant improvement. Technology and the industry is developing really fast. You have to keep up.
• Commit yourself to quality. Do not ever settle for something less than your outmost best. Perfect your work till time allows.
• Your professional happiness isn't based on the number of awards or how much you make, but on the relationships you have with your colleagues and clients. Treat them with respect.
• Be loyal to your clients and your agency. It will be appreciated even by the competition.
• Be honest with your work. Never lie or mislead the consumer. If you do you will feel miserable about your profession.
• Be a self-starter. If you identify an idea take charge and go for it.
• Do not blame others. If you're unhappy about something take the initiative to change instead of whining about it.
• Be decisive even if it means you'll sometimes be wrong. Timing is everything in advertising.
• Be bold and courageous with your work. When you look back on your professional life, you will regret the the things you didn't do more than the one you did.
• Do not overestimate the value of formal education. Most successful adman never had formal advertising eduction. Real work experience is more valuable than any education.
• Eat healthy, do sports. Your mind and body are your only tools available to you. Do not abuse substances. Save them for those critical special times when you really need a boost.
• Don't take all advice for granted. Pick what's useful for you. Make up your own rules and change them at your will.

Thursday, September 17, 2009

whatevaaaaaaaa


hahahahaha, sem comentários.

desconstruindo anita

saudades absurdas do tempo do paliteiro e do saleiro, na falta de assunto eram a diversão, na falta do que fazer a expiação dos pecados dos amigos, dos garçons ou mesmo dos próximos ocupantes da mesa. o mais legal era abrir o paliteiro, viré-lo de onta-cabeça e colocar a tampa no topo, como se estivesse tudo no lugar, o incauto que tentasse pegar um palito era obrigado a participar do campeonato mundial de pega-vareta. (paliteiro e saleiro ainda existe, o casal da foto é do mesmo bar dos posts anteriores)

continuando para bingo

no mesmo botequim citado no post anterior, encontrei uma outra placa, a foto foi tirada de uma certas distância, mas o referido aviso diz o seguinte: "não atendemos com anima nem sem camisa". olhei à minha volta analizando a equipe do estabelecimento e reparei que a placa dizia a verdade; não havia um garçom ou atendente sequer, sem camisa, muito menos arrastando algum pobre animal pela coleira dentro do estabelecimento.